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sábado, 3 de outubro de 2015

Um Filme Sem Fim



Vejo que os sete mil e trezentos dias lhe fizeram bem
Toda a poeira do passado nem se quer resvalou em você
Os teus olhos ainda brilham como estrelas no escuro
E o seu corpo ainda é uma escultura linda a se elogiar e a se querer

E eu aqui todos esses dias
E jamais retirei você da minha cabeça e do meu coração
E em Todos os rios “amarelos” onde eu nadei  
e em todas as sarjetas que eu dormi
jamais te esqueci

vejo alguém pegando na sua mão
e você parece tão feliz com esse toque de um estranho pra mim
o seu sorriso pra ele parece iluminar toda a escuridão que ele carrega dentro dele
e assim você mostra mais um vez a direção da felicidade para quem quis desistir

e eu aqui todos esses dias
achando que você ainda me esperava e me amava
e em todas as suas sociais eu entendi que você quis ser a alegria da sua mãe
e em todos os dias que você pensou em mim
antes da parte final do filme você quis dá um fim.

Mas o nosso fim vem depois dos setenta e três mil dias...


Autor

Otto Di Cavalcanti